COR DO FLUIDO DE ARREFECIMENTO X NORMAS

O bom funcionamento de um automóvel se deve a várias coisas. Motor, câmbio, suspensão e outros ajustes são necessários para que a ato de condução seja prazeroso ou, no mínimo, eficiente. Quando um deles apresenta algum tipo de problema os outros são afetados em sua atividade principal.
E falando sobre a saúde de um motor chegamos ao arrefecimento. Ele nada mais é do que a temperatura de trabalho de um propulsor que deve seguir um determinado padrão de funcionamento para que todo o conjunto esteja saudável.
Basicamente existem dois tipos de arrefecimento para o motor a combustão: a água e “a ar”. O primeiro utiliza um fluido que está presente dentro do radiador e mantém a temperatura dentro de uma média aceitável, que gira entre os 90° a 100°, durante o uso cotidiano de um automóvel.

O segundo tipo citado é visto nos motores boxer da Volkswagen que foram produzidos em grande quantidade durante décadas a fio. Esses propulsores não possuem radiador com fluido de arrefecimento. Porém esse trabalho é feito pelo óleo, que passa por um radiador situado atrás da capelinha, que é aquela estrutura visível logo atras do carburador, e mantém o motor em uma temperatura ideal durante a sua utilização.
Posso utilizar água comum no radiador do meu carro? Essa pergunta é uma dúvida comum de muitas pessoas e a resposta é não. A água indicada para uso do sistema de arrefecimento segue um determinado padrão ph e níveis de sais controlados para que não comprometa ou enferruje o a parte interna da bloco, além de prejudicar seu bom funcionamento.
O ideal para cuidar desse assunto segue duas vertentes. Ele pode ser feito em casa durante uma inspeção rotineira ou em oficinas e concessionárias autorizadas com motor frio. O ideal é não verificar esse nível de arrefecimento, que nos modelos atuais de carro pode ser visto em uma expansão de plástico no cofre do motor, após o motor esquentar ou em postos de combustível, o que pode acarretar acidentes e a colocação de água comum no reservatório.
Mas como saber qual o melhor fluido indicado para o meu caso? Assim como outros temas e produtos da área automotiva esse também segue padrões rígidos estabelecidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Por ali seu mecânico de confiança ou concessionário vai identificar o produto adequado para utilização no seu carro.
Normas como a ABNT 13705 e ABNT 14261 especificam em detalhes as propriedades e necessidades para cada tipo de fluido. Uma delas, por exemplo, é adição de apenas 5% de água no produto, o que garante ao consumidor que está comprando algo efetivamente de qualidade.

Todos os fluídos de arrefecimento têm a mesma cor? A resposta também é não. Isso acaba sendo uma escolha de cada fabricante para diferenciar os seus produtos de concorrentes com o mesmo propósito. Dessa forma nesse caso o que é levado em consideração é apenas o corante utilizado para destacar esta ou aquela embalagem.
Mas como identificar que o fluido precisa ser trocado? Esta é uma boa questão já que diz respeito ao próprio título desta matéria. Geralmente quando se torna ineficiente ou perde parte de sua eficiência o fluido se torna marrom, decorrente de ferrugem que pode ter se criado no bloco. Isso se reflete também na água juntamente com fluido que circula dentro do radiador e do sistema de arrefecimento do veículo.
A identificação visual pode ser feita simplesmente através do vaso de expansão do radiador, o que facilita bastante a manutenção e a necessidade de troca. Nos veículos mais antigos é necessário observar ao verificar o nível de água do radiador – com motor frio – se as bordas nas laterais da tampa e do bocal apresentam algum tipo de ferrugem ou cor marrom. Isso indica que é necessária uma limpeza do sistema para maior eficiência.
Cuidados simples como esses e uma inspeção de rotina evitam muitos problemas e prolongam a vida útil de um motor. Como vimos, além de cuidar do próprio propulsor, a escolha do fluido de arrefecimento indicado pelos fabricantes é garantia de muitos quilômetros sem dor de cabeça.