DICAS
PENUS NOVOS NA FRENTE OU ATRÁS? SAIBA QUAL É A MELHOR OPÇÃO PARA SEU CARRO
por Www.tecfil.com.br
Quando desgastados, os pneus precisam ser trocados em pares para manter a performance e a segurança do veículo. Por isso, é importante saber se é melhor colocar os pneus novos na frente ou atrás.
Todo proprietário de um carro deve prestar atenção na manutenção dos componentes de seu veículo para garantir seu bom funcionamento. Dentre estes componentes estão os pneus.
Os pneus são o único contato entre o veículo e o solo. Sendo assim, além de manter e/ou alterar a direção do veículo, eles também servem para a absorção de impactos, transferência de forças de tração e frenagem. Além de auxiliar o automóvel a suportar suas cargas.
Sua composição consiste em uma borracha especial, composta pela mistura de borracha sintética e natural, petróleo, aço e poliéster.
Cada pneu, no entanto, possui especificações voltadas à performance na função em que ele será destinado a cumprir.
Esta troca pode ser parcial ou completa. Ou seja, substituindo-se o quarteto ou apenas uma dupla de pneus. Neste segundo caso, deve-se tomar um cuidado especial com o posicionamento dos pneus novos na frente ou atrás do automóvel.
Os tipos de pneus
Antes de sabermos se o motorista deve colocar pneus novos na frente ou atrás, precisamos conhecer os tipos de pneus que existem. É necessário saber qual tipo seu carro precisa de acordo com as situações do cotidiano.
Pneus On-Road ou convencionais
Além de serem os tipos mais comuns, são os mais apropriados para o asfalto. Por serem desenvolvidos para favorecer o desempenho do veículo, eles trazem mais aderência e contato com o solo.
Pneus Off-Road
Estes são designados para carros de passeio e veículos constantemente em contato com lama e terra. Eles contam com diferenças na estrutura do pneu, como sulco mais largo e banda de rodagem mais espaçada.
Pneus mistos
Como já indicado no nome, os pneus mistos são a junção dos dois acima e seu uso serve tanto para o asfalto quanto para estradas de terra.
Apesar de sua alta resistência, estes podem ter pontos negativos como alto valor, grande consumo de combustível e também alto nível de ruídos quando utilizados em situações de grandes velocidades.
Pneus radiais
Os pneus radiais são designados para uso em alta velocidade. Além de seu alto desempenho em frenagens, também tem um diferencial no desempenho ao realizar curvas.
Pneus verdes
Os pneus verdes recebem este nome por serem uma alternativa mais ecológica. Entre suas qualidades, podemos destacar sua leveza, alta durabilidade e menor emissão de ruídos.
Além disso, contam com alta performance em pistas molhadas evitando a aquaplanagem e reduzem o consumo de combustível do veículo e a emissão de gases na atmosfera.
Pneus para carga
Os pneus para carga são designados para veículos maiores e se dividem em duas categorias: veículos de passeio e veículos utilitários leves.
Os primeiros são caminhonetes, normalmente derivadas de veículos como o Chevrolet Montana ou Fiat Strada. Para estes, é recomendado o uso de pneus marcados com o código C após sua medida.
Já os segundos consistem em caminhonetes maiores, furgões e SUVs. Por serem mais leves, esses precisam de pneus marcados com a sigla LT. Estes pneus são mais baratos e macios, mas não devem ser utilizados nos veículos de passeio.
A composição dos pneus
Outro ponto necessário a se tocar quando nos perguntamos sobre pneus novos na frente ou atrás é a composição dos pneus, ou seja, as partes que o constituem. Os pneus contêm 7 componentes principais:
- Talões: amarram o pneu ao aro. Para garantir sua durabilidade e resistência, eles são construídos com fio de aço, revestidos por cobre e impermeabilizados por borracha antioxidante.
- Carcaças: formam a estrutura dos pneus, feita por fios revestidos por borracha que vão de um talão a outro. Sua principal função é manter o pneu inflado e permitir reformas.
- Laterais: vão dos talões aos ombros. Caracterizada pela flexibilidade, conforto e menor aquecimento da estrutura dos pneus, principalmente dos radiais.
- Banda de rodagem: é a parte que está em contato com o solo e evita perfurações e cortes e resiste a possíveis atritos.
- Ombros: localizados na extremidade da banda e da lateral, os ombros do pneu têm uma quantia extra de borracha e suportam as curvas e suas transferências de carga.
- Inner liner: forro interno do pneu e pode ser confeccionado de duas maneiras – com borracha macia, para não danificar as câmaras de ar quando presentes e com borracha impermeável quando não há câmaras de ar para manter a pressão operacional.
- Cintas estabilizadoras: as cintas estabilizadoras tem como função principal suportar as transferências de carga das curvas e são compostas por materiais extremamente resistentes com fios sobrepostos em posição diagonal.
Quais pneus devo trocar?
Agora que temos conhecimento dos tipos de pneus e quais partes os compõem, podemos retornar à dúvida inicial: colocar pneus novos na frente ou atrás?
Quando os pneus do automóvel começam a se desgastar, realizar a troca destes é extremamente necessário por trata-se do sistema de frenagem e direção, importantíssimos na condução do veículo e na segurança de quem dirige e dos demais.
Assim, ao se deparar com pneus desgastado, o motorista deve realizar a troca de muitos ainda ficam com a dúvida se devem colocar pneus novos na frente ou atrás.
Pneus novos na frente
Quando o veículo possuir o mesmo tamanho e montagem dos pneus nos eixos dianteiros ou traseiros, o motorista terá mais facilidade ao dar preferência para os pneus dianteiros entre pneus novos na frente ou atrás.
A lógica que os motoristas seguem é: como eles se desgastam mais facilmente, os pneus novos na frente durarão mais tempo.
Pneus novos atrás
Já ao dar preferência para os pneus traseiros entre pneus novos na frente ou atrás, o motorista estará garantindo o controle do carro. Caso os pneus dianteiros falhem, ele ainda conseguirá conduzir o volante e o carro.
Qual o ideal a se fazer?
Caso o motorista tenha dúvidas entre colocar seus pneus novos na frente ou atrás, o correto para ele é sempre apostar na traseira do carro, priorizando sua segurança.
Por exemplo, em uma ocasião na qual a estrada se encontra molhada, a aderência dos pneus é exigida. Ela serve para limpar as águas superficiais da pista e deixar a borracha em contato direto com o solo.
As ranhuras do pneu, por exemplo, fornecem canais para a drenagem dessa água parada na estrada. Então, quando as ranhuras estão desgastadas, elas não conseguem fazer esta limpeza na água encontrada na estrada.
Assim, as condições de pista molhada e pneu desgastado podem causar acidentes por conta da falta de aderência dos pneus e seu deslizamento, consequentemente prejudicando a direção do motorista.
Além disso, colocar pneus novos na frente pode atrapalhar a dinâmica do veículo. Durante as curvas, o carro pode se deparar com três estágios dinâmicos: o sub-esterçamento, o sobre-esterçamento e o neutro.
- Sub-esterço: neste estado, os pneus do eixo dianteiro não seguem o ângulo exato prescrito pela direção, mas desliza ligeiramente em ângulo amplo. É considerada a característica de manipulação mais segura e é a opção favorita das fabricantes ao construir seus carros.
- Sobre-esterço: sendo o oposto do sub-esterço, este estado consiste na dianteira do veículo seguindo uma linha mais apertada do que o ângulo prescrito. Isto ocorre pela falta de aderência da traseira.
- Neste último estado, a dianteira do veículo segue de modo exato o ângulo de direção prescrito. Normalmente, carros com manuseio neutro são dificilmente construídos, especialmente carros com tração dianteira.
Em veículos com tração dianteira, os pneus da frente funcionam bem mais do que os do eixo traseiro. Nestes, as forças de direção, curva e frenagem são comandadas pelos pneus frontais. Já a maior parte do peso do veículo é transportada pelas rodas traseiras.
É importante destacar, no entanto, que – além de fazer uma boa escolha entre colocar pneus novos na frente ou atrás e escolher o tipo e formato adequado para os pneus – alguns cuidados na hora da instalação são essenciais.
Como trocar pneus novos na frente ou atrás
Ao realizar a troca de pneus, o motorista precisa seguir alguns passos importantes para que a conversão seja feita de forma correta e não prejudique a direção do veículo.
Agora que sabemos que, entre colocar pneus novos na frente ou atrás, a melhor opção é trocar os pneus traseiros, é necessário saber como trocar esses pneus.
Quando os quatros pneus se encontram desgastados, o ideal é que a troca do quarteto seja feita.
Porém, quando apenas dois destes pneus estão sofrendo desgastes, pode-se optar apenas pela troca dos componentes do eixo traseiro.
Para realizar esta substituição, o motorista deve seguir uma série de passos.
Passo 1
Inicialmente, encostar ou parar o carro em algum lugar seguro e estável. Para evitar que o carro se movimente, colocar pesos na frente das rodas e deixar o câmbio no modo “parado” ou em primeira marcha também é essencial.
Passo 2
Após isso, pegar o estepe e o macaco e colocar o macaco sob a lataria do carro ao lado do pneu furado e encaixá-lo na canaleta são os próximos passos a se seguir.
Passo 3
Uma vez encaixado perfeitamente no macaco, levante o carro até que pareça apoiado, porém sem estar distante do chão. O macaco também precisa estar posicionado de maneira perpendicular ao solo.
Passo 4
Após isso, remova a calota e, em sentido horário, afrouxe os parafusos e gire a chave de roda de maneira que não fiquem totalmente soltos. Com a ajuda do macaco, levante um pouco mais o pneu e remova os parafusos. Por fim, remova o pneu.
Passo 5
Finalmente, coloque o estepe no eixo e alinhe bem os buracos dos parafusos. A válvula da câmara de gás deve sempre estar virada para fora. Coloque os parafusos e aperte-os um por um com a chave de roda.
Passo 6
Com o carro de volta no chão, aperte os parafusos mais uma vez por garantia. Por fim, remova o macaco e recoloque a calota na roda e não esqueça de verificar o estepe de tempos em tempos.
Dicas adicionais para ficar de olho
Para manter o bom estado e funcionamento dos pneus por mais tempo, o motorista pode adotar algumas práticas importantes. Garantir que a calibragem dos pneus seja a ideal, por exemplo, é uma prática importantíssima, mas comumente esquecida.
A calibragem é essencial para a performance dele nas curvas, além de evitar o superaquecimento do pneu com o atrito no solo e economizar combustível.
Fora isso, o alinhamento e balanceamento dos pneus são outros processos necessários para cuidar dos pneus. Neste sentido, é preciso estar atento ao tempo recomendado para a realização do alinhamento: em geral a cada 5 mil quilômetros.
Caso o motorista queira comprar apenas um pneu e utilizar o estepe para auxiliá-lo, é necessário verificar a vida útil do estepe. Se ele tiver mais do que 5 ou 6 anos, é melhor evitar seu uso.
Os pneus novos também podem ser de outra marca, contanto que os substitutos sejam idênticos aos que serão substituídos e que os quatro tenham as mesmas medidas e especificações.