ERROS COMUNS NA GESTÃO DA OFICNA MECÂNICA: COMO EVITÁ-LOS?

“Errar é humano”. Esse ditado popular, sem dúvida nenhuma, é um dos mais conhecidos por qualquer pessoa na rua. E também a sua continuação que faz todo sentido para este artigo que é o seguinte: “persistir no erro, é burrice”. Ele deixa claro que precisamos sempre estar atentos ao que acontece ao nosso redor.

Em um negócio a lógica é exatamente a mesma. Quando falamos de uma oficina mecânica essa proporção ganhar ainda mais importância. E principalmente se levarmos em conta o tamanho, obrigações fixas e também o relacionamento com clientes e fornecedores.

Um dos primeiros erros mais comuns que pode acontecer é a falta da definição exata do tipo de cliente de uma oficina mecânica. Como exemplo podemos citar algumas delas que são especializadas em determinadas marcas, algumas alemãs, outra japonesas e outras nacionais. O foco nesse ponto do negócio é fundamental para a prospecção de potenciais consumidores.

Definido esse. Outra questão diz respeito ao conhecimento técnico. Parece estranho falar sobre isso, porém é mais comum do que se imagina. Em outras palavras o profissional se propõe a fazer algo sobre o qual não tem o conhecimento necessário. Isso certamente terá resultados bastante negativos.

Como exemplo é possível citar um caso hipotético de uma oficina que se proponha a fazer manutenção de veículos antigos mas não é especializada nisso. Sabemos que nos últimos 35 anos os sistemas de injeção eletrônica substituíram os carburadores e, portanto, os novos mecânicos não têm a mesma formação técnica nesse sentido. Para isso o profissional teria que se especializar fazendo cursos e aprendendo sobre o tema.

O resultado seria terrivelmente ruim. Isso porque sistemas elétricos e antigos exigem conhecimento próprio, seja de materiais ou até mesmo de montagem. Além disso elementos como regulagem de carburadores e coluna de direção, além do tambor de freios, estariam completamente fora do know how desse profissional. Portanto, foco é fundamental.

Mais uma questão extremamente importante diz respeito às despesas gerais da oficina. Basicamente existem as Pessoas Jurídicas e as Pessoas Físicas. Elas não devem se misturar de forma alguma. Mesmo que seja uma  EIRELLI (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) ou MEI ( Micro Empreendedor Individual) o proprietário não deve fazer as coisas em seu nome, como se fosse a mesma entidade.

Isso parece algo simples e até bobo, de certa forma. Mas envolve elementos que vão muito além da semelhança de nomes. A responsabilidade fiscal é uma delas. O serviços da oficina devem seguir uma criteriosa emissão de notas fiscais, numeradas, com as quais o proprietário pagará o devido imposto e o contador manterá tudo isso organizado. Nesse sentido a dica é ter um bom profissional auxiliando oficina.

Um cliente que deixa o carro em uma oficina quer que o serviço seja executado de maneira correta e rápida. Para isso o profissional deve contar com uma boa equipe de funcionários e um outro fator fundamental: o estoque de peças. Se não tiver estoque próprio um fornecedor que supere as suas necessidades de maneira rápida e eficiente. Nesse sentido é importante também ter um capital de giro (dinheiro para o funcionamento do negócio), pelo menos para poder investir na compra de peças e materiais antes mesmo de receber pelos consertos.

O gerenciamento técnico da oficina também é outro fator muitas vezes deixado de lado. Atualmente existem vários softwares e programas, alguns deles gratuitos especializados nisso, que auxiliam o profissional no dia dia. Ir para cuidar desse serviço vale a pena investir em alguém que tenha o conhecimento necessário.

E o último erro e não menos importante é a falta de atualização. Como sabemos a tecnologia caminha a passos largos, ainda mais no ramo automotivo. Muitas vezes a oferta de novos serviços e o aprendizado de novas técnicas pode fazer toda a diferença. Afinal, conhecimento não ocupa espaço. Siga sempre aprendendo.